Gente!!! Post desabafo! Podem criticar, mas preciso registrar tudo que senti nesses primeiros 15 dias.
Quando você passeia pela blogosfera materna, é envolvido num universo lindo e maravilhoso. Mas dificilmente as pessoas relatam as dificuldades, dores e frustrações da maternidade.
Preciso confessar que os primeiros 15 dias me trouxeram muitas lágrimas de cansaço, frustração e dor.
Para começar, a dor do parto normal é algo que realmente não dá para descrever ou comparar. É uma dor que você topa qualquer negócio para ela parar. Assim que eu pari, passei a ADMIRAR muito mais as mulheres que passam por tudo aquilo. Quem tem mais de um filho, são verdadeiras guerreiras para mim! Mas até aí, eu já sabia que era uma dor intensa e quis passar por isso.
De certa forma, me "iludir" que, em Salvador, eu teria estrutura semelhante ao que assistimos nesses programas de parto (nacionais e internacionais), me fez decidir pelo parto normal e enfrentá-lo. O fato é que fiquei 11 horas das 18 horas total do meu trabalho de parto numa recepção, só com cadeiras duras. Não tive qualquer orientação ou equipamento para auxiliar na dilatação...enfim...bem diferente do que assistia e "idealizei".
Mas aí o bebê nasce e a dor acaba e você se sente ÓTIMA.
Comigo isso durou dois dias. O trabalho de parto acabou forçando e fiquei com hemorróida...pense em algo do tamanho de um polegar para fora! Sentar era muitooo doloroso. Mas só comecei a sentir quando pararam de me dar medicamentos para dor. Essa hemorróida me fez chorar muito...tive de ir ao proctologista e os primeiros quinze dias minha mente trabalhava pensando em procedimentos milagrosos que dessem alívio ao que eu estava sentindo. Achei um bom profissional que passou os medicamentos corretos que aliviaram MUITO. Passou...
A gente chega em casa, feliz da vida com nosso milagre nos braços...mas aí vem o choque de realidade. Sabe quando você lê por aí que é melhor dormir o quanto puder na reta final da gravidez? Acredite! NÃO IGNORE essa orientação. Gente, a sensação é que você vai sucumbir porque não dá mais pra dormir, principalmente se seu bebê for igual a minha que dormia no máximo por uma hora e trocava a noite pelo dia (comportamento que minha filha já tinha na barriga, mexia mais de noite). Chorei demais por não poder dormir. Por sentir uma exaustão física e por ter alguém chorando a noite toda precisando de você. Chorei por me cobrar uma perfeição que só existe na nossa fantasia criada ao longo da gestação.
A amamentação até que não foi problema...consegui a pega correta desde a primeira mamada e não tive mamilos rachados/fissurados. Mas ainda que tudo esteja certinho, dói. Dói porque precisa calejar mesmo. Mas essa dor é suportável. Como nos primeiros quinze dias por aqui minha bebê só acalmava no peito e isso ocorria a cada 1h, à noite o peito já tava bem doloridinho, mas passa...
A parte mais difícil de relatar aqui é sem dúvida o que passou na minha cabeça mas não ousou sair pela minha boca (tentem não me julgar porque vocês também podem passar por isso, rs). Nos momentos de desespero e exaustão eu cheguei a pensar como era bom poder dormir antes de ter um filho, que talvez não fosse o momento certo para engravidar, me arrependi (por breves segundos) por ter desejado tanto um filho, rejeitei qualquer minima possibilidade de ter outro filho e ter que passar por tudo isso de novo... Nesses momentos eu olhava firme para minha filha, para que o amor que a gente descobre com a maternidade pudesse me inundar de tal forma a não ter espaço para esses pensamentos. E é exatamente como a Bíblia diz sobre o amor: "Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" 1 Cor 13:7
Por enquanto, eu encaro o cansaço como o maior desafio até hoje. Mas minha caminhada está só começando e eu estou confiante na máxima: VAI PASSAR!
A amamentação até que não foi problema...consegui a pega correta desde a primeira mamada e não tive mamilos rachados/fissurados. Mas ainda que tudo esteja certinho, dói. Dói porque precisa calejar mesmo. Mas essa dor é suportável. Como nos primeiros quinze dias por aqui minha bebê só acalmava no peito e isso ocorria a cada 1h, à noite o peito já tava bem doloridinho, mas passa...
A parte mais difícil de relatar aqui é sem dúvida o que passou na minha cabeça mas não ousou sair pela minha boca (tentem não me julgar porque vocês também podem passar por isso, rs). Nos momentos de desespero e exaustão eu cheguei a pensar como era bom poder dormir antes de ter um filho, que talvez não fosse o momento certo para engravidar, me arrependi (por breves segundos) por ter desejado tanto um filho, rejeitei qualquer minima possibilidade de ter outro filho e ter que passar por tudo isso de novo... Nesses momentos eu olhava firme para minha filha, para que o amor que a gente descobre com a maternidade pudesse me inundar de tal forma a não ter espaço para esses pensamentos. E é exatamente como a Bíblia diz sobre o amor: "Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" 1 Cor 13:7
Por enquanto, eu encaro o cansaço como o maior desafio até hoje. Mas minha caminhada está só começando e eu estou confiante na máxima: VAI PASSAR!