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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

BC - Papeando com 'Azamigas' - Creche, Babá ou Casa da Vovó?

Bom dia minha gente! Prepara que o post é longo!

Hoje vim responder a BC sugerida pela Lidiana Leite, a Lidi, que é sempre muito simpática em suas colocações.

O tema posto foi:

Como pretende fazer (ou como fez) no fim da sua licença maternidade? 
Deixar o baby na creche, com a babá ou na casa da vovó (ou com outro parente)? 
Pretende parar (ou parou) de trabalhar? 
Qual acredita ser a melhor decisão a tomar, mesmo que não seja possível para você realizá-la?


Esse assunto já foi pensado e repensado algumas vezes, antes mesmo de decidirmos engravidar. A minha opinião é baseada também na minha experiência pessoal e vou contar pra vocês. Senta que lá vem história!

Quando eu era bebê, minha mãe procurou alguém para cuidar de mim enquanto ela trabalhava. Naquela época, anos 80, era comum trazer alguém do interior, conhecido do conhecido da família. E assim foi feito. Com o tempo, os vizinhos começaram a notar que eu chorava muito e alertaram à minha mãe. Um belo dia, minha mãe saiu mais cedo do trabalho sem avisar e ao chegar em casa encontrou a seguinte cena: Eu, bebê, com fome no carrinho exposto ao sol no quintal, o rádio ligado nas alturas para que os vizinhos não ouvissem o choro. Imagina o desespero! Lógico que minha mãe a dispensou e procurou outra pessoa. 

A outra pessoa, também aprontou! Depois de um tempo, a querida babá (sqn) estava me furando com a presilha da fralda de pano! Propositadamente! Meu corpo com várias marcas! Além de que quando meu pai chegava mais cedo que minha mãe, ela  se insinuava! Meu pai ficou com tanta raiva que mesmo depois de dispensada, ele a encontrou num shopping e a primeira coisa que ele conseguiu fazer foi virar o tacho fervente da baiana de acarajé na direção dela. Ainda bem que não pegou, senão ele estaria encrencado.

Depois dessa segunda experiência ruim, minha mãe começou a me levar para o trabalho dela (posto de saúde periférico), onde ela forrava o chão, embaixo da mesa dela e me colocava para evitar que uma fiscalização pudesse prejudicá-la. Era a única opção. Até que por obra de Deus, uma vizinha vendo aquela cena perguntou se poderia ajudar, ficando comigo, até a hora que minha mãe chegasse do trabalho. Minha mãe aceitou e foi a melhor coisa que me aconteceu! Essa senhora, hj com mais de 70 anos, é minha segunda mãe. Até hoje temos convívio muito próximo. Ela é minha família também, meus pais são amigos da família dela, nos visitamos, passamos natal juntos e etc!

Mas pensa que o final feliz já chegou? Não, gente! Minha mãe engravidou de novo (eu tinha 2 anos) e duas crianças para a vizinha era abusar! Até porque eu era muito frágil, caía muito, já pensou 2?

Então indicaram uma babá. A babá, mesmo sendo orientada sobre o problema respiratório frequente da minha irmã, fumava quando meus pais não estavam e jogava os tocos de cigarro atrás do guarda-roupa. Não demorou muito para meus pais descobrirem! 

Então, fomos para a creche municipal! Eu não me adaptei de jeito maneira. Chorava da hora que chegava até a hora de ir embora, não comia. Só me tranquilizava um pouco quando me deixavam junto ao berço da minha irmã. Resultado: minha vizinha, minha segunda mãe, resolveu ficar com nós duas! E todos agradecem a Deus!!! \o/ Agora sim chegou o final feliz! kkkk 
Obviamente, essas experiências, ainda que bebê, deixaram marcas na minha personalidade. Tornei-me muito desconfiada. Era uma criança que só sorria para os mais mais mais próximos. Até alguns tios ficavam cismados por eu não rir para eles. 

Essa história serve também de alerta que todas as decisões que tomamos relacionadas ao nosso filho, tem impacto sobre ele. São experiências de vida que serão acumuladas e deixarão marcas.

Quem conseguiu ler até aqui já sabe minha opinião né? NADA de babá!
Mas também não pretendo deixar com os avós. Meus pais moram longe de mim e meus sogros já estão idosos e já assisti essa novela com o primeiro neto. Não quero. 
Um suporte, vez ou outra, aceito de coração aberto. Mas tratar como rotina, não.

Nossa primeira opção é deixar numa creche. Depois dos 6 meses de licença mais 1 ou 2 de férias, deixarei na creche/berçário. Meu marido concorda também.

Grande beijo!


15 comentários:

  1. Que saga heimm .... Nem quero saber o que eu faria se isso acontecesse com um filho meu.
    Acho que na creche tem pessoas capacitadas para o trabalho e terá várias pessoas por perto para inibir qualquer maus tratos.

    Bjs!

    http://deliriosdeumamaedeprimeiraviagem.blogspot.com.br/

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    1. Logicamente eu não lembro de nada, mas certamente entendo alguns dos meus comportamentos atuais.
      Por isso não quero nenhum estranho na minha casa.

      Beijos

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  2. Nossa q sofrimento amiga, misericórdia, fiquei apreensiva só de pensar em judiar tanto de um bebe indefeso, mas graças a Deus vcs conseguiram um final feliz!
    O meu baby tb ficará na creche!!!
    Bjs

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  3. Caraca PVzinha! É a tipica situação que a pessoa trabalha por dinheiro e não por vocação. Pior que coloca pessoas que não tem nada a ver com a historia em perigo! Nessa caso um bebê ainda.
    Olha, eu sou meio desconfiada de babá. Eu tive uma que era um amor, hoje bem senhorinha. Mas não ficaria tranquila com meu filho sozinho em casa com um cuidador.
    Bjs!

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    1. Além disso, a pessoa fica sabendo de toda sua rotina..enfim...sou muito reservada. Não curto nem uma diarista, rs.
      Beijos

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  4. Oi PVzinha. Nossa...que história! Vc tem toda a razão de ter traumas de babás e não querer que seu baby fique com uma...Essa moça que furou vc com o alfinete da fralda tinha que ser presa!! Que absurdo...morri de dó de te imaginar pequenininha e indefesa sofrendo na mão destas pessoas..Mas graças ao Pai Celestial apareceu a vizinha boazinha que cuidou com carinho de vc e sua irmã, e assim puderam ter um final feliz...

    OBS: Muito obrigada pelo "Sempre muito simpática.." risos.

    Bjks da Lidi

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    1. Ainda bem que Deus sempre esteve cuidando de mim e me colocou nas mãos de uma pessoa boa.
      Beijos

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  5. Nossa... realmente pra sua família não é nada legal a hipótese de ter uma babá.
    Sobre as avós, compartilho da mesma opinião que você... não quero rsrs...

    Bjos!!!
    Ly
    http://nossosdiasnossaespera.blogspot.com.br/

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    1. Minha prioridade é a cheche/berçário. Vou ficar mais tranquila.
      Beijos

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  6. Oi, PVzinha!

    Estava lendo os posts que perdi, vendo que vc tá firme nos treinos e que tb comemorou quando descobri a gestação...obrigada, viu? Obrigada tb por sempre aparecer lá no Desejo de Bebê - andei meio sumida, os enjoos estão punks, mas já estou de volta!

    Bjo grande.
    D.

    https://desejodebebe.wordpress.com/

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  7. Amei seu blog e estarei aqui sempre que eu puder!!

    Beijos
    http://meu-pequeno-guilherme.blogspot.com

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